Foi o que fez, mais um ano, o Sr. Henrique Escobar, criando um altarinho representativo de uma Casa Rural, na década de cinquenta, onde numa pilha bem ordenada de caixotes em cima de uma mesa ou cómoda, com a melhor toalha se colocava o Menino Jesus, o trigo, as tangerinas, as camélias (ou rosas do Japão), o azevinho e os postais. Na época, ainda não existia a tradição de se fazer a Árvore de Natal, no lugar desta as pessoas colocavam galhos de azevinho por de trás do altarinho e penduravam os postais de Natal que recebiam dos seus familiares no estrangeiro, este costume acentuou-se mais a quando do Vulcão dos Capelinhos, época em que quase todas as pessoas tinham familiares e amigos emigrados nos Estados Unidos da América, e os postais eram uma novidade pela diferença.
Relativamente ao presépio o Sr. Henrique optou este ano por uma ideia original, que já vinha sendo imaginada há alguns anos, mas só agora se concretizou. O presépio que arrecadou o terceiro lugar, na categoria de originais foi totalmente construído com base em papel. Tendo a recolha dos recortes sido feita ao longo dos anos quando encontrava imagens alusivas à quadra natalícia.
O bote, felicita o Sr. Henrique Escobar, por teimar em manter esta tradição, que muitos dizem que dá trabalho e ainda deixa a casa suja, infelizmente estamos na época em que se fala muito mais no Pai Natal e se esquece a verdadeira história da quadra reflectida no presépio, sendo o mesmo muitas vezes adaptado à história das nossas gentes mostrando os nossos costumes.
Marília Medeiros
(Clicar na imagem abaixo para visualizar álbum de fotos)
Presepio |
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