Eu, José Manuel Goulart Gomes, venho por este meio e aproveitando a oportunidade que “O agir” me oferece, agradecer a todas as pessoas que participaram na acção de solidariedade que foi feita para comigo com a realização das “Sopas do Espírito Santo”.
Realmente não encontro palavras que possam retribuir a vossa atitude, só espero que este gesto muito digno de solidariedade tenha tocado os corações e a consciência de quem este problema diz respeito e que de futuro tenham a mesma atitude que este grupo de AMIGOS levou a cabo.
Este meu recado para vós não será nenhuma novidade, pois na última reunião em que se discutiu este assunto ficou deliberado que a solução seria fazer festas para se liquidar a dívida, mas já se passou mais de um ano e continuamos com a mesma atitude!
Isto magoa-me pois só aceitei este desafio confiando nas pessoas que me rodeavam, na altura estas mereciam da minha parte toda a confiança para pouco tempo depois tomarem a atitude irresponsável de não continuar a participar na amortização da divida.…. Mas quem os ouve falar até pensa que estão cheios de razão!
Voltando às “Sopas do Espírito Santo” quero agradecer a quem ofereceu a carne, a massa sovada, o vinho e todos os outros géneros que são necessários. Sem estas ajudas o lucro não teria sido o mesmo. Agradeço também à Junta de Freguesia do Salão a oferta de 200 euros, à direcção dos ex-combatentes, Associação de Futebol da Horta e à Antena 9 pela publicidade feita deste evento. Uma palavra também para a Marília Medeiros que com o site “O Bote” conseguiu levar até muitos esta noticia em especial aos nossos emigrantes que me têm contactado espantados pelo sucedido.
Gostaria de apresentar aqui as quantias monetárias que a festa conseguiu angariar:
- 3356,70 Euros referente às “Sopas”
- 200,00 Euros referente ao apoio da Junta de Freguesia
- 1000,00 Euros referente a uma oferta de um anónimo
- 325,01 Euros referente a uma oferta de Fátima Sarás dos E.U.A.
O total destas quantias é de 4881,71 Euros.
Juntando este total ao pagamento de duas partes já efectuadas por dois dirigentes no valor de 1705,42 euros cada, obtemos um resultado final de 8292,55 Euros.
Subtraindo estes números à dívida inicial de 22170,40 euros fica ainda por liquidar da dívida 13817,85 Euros.
Para terminar o meu sincero obrigado a todas as pessoas que me visitaram no Hospital durante as seis (6) semanas que lá estive internado recentemente e foram largas centenas de visitas que recebi. Um abraço enorme para todo o pessoal do Hospital, desde a Medicina à Hemodiálise. Foram uma autêntica família para mim, sinto saudades do vosso carinho e um muito obrigado que nunca poderei retribuir ao Maestro e Mágico Sr. Dr. Pedro Leitão que me tratou. Que Deus o proteja para continuar a dar Vida e Saúde aos seus doentes.
Como muitas vezes acontece, os primeiros são os últimos. Aos meus filhos o meu obrigado. Para além do horário que é permitido, todos os segundos eram aproveitados para me darem apoio e carinho, coisa que ninguém pode substituir. A minha mulher, que desde a primeira hora sempre me acompanhou junto de uma cama, onde passou muitas horas sem dormir, em que o sol deixou de brilhar, onde a dúvida muitas vezes pairava com muitas lágrimas à mistura. Mas valeu a pena porque a felicidade voltou ao nosso lar. Obrigado, Maria!
José Manuel Goulart Gomes
(Informação retirada de Jornal "O agir", a 26 de Novembro de 2007)
2 comentários:
Amigo Zé, nasci e cresci bem perto de ti. Durante muitos anos fomos vizinhos. Já trabalhámos junto. Conheco-te bem. Se calhar o teu maior defeito é o de por vezes seres bom demais. Costuma-ze dizer que é nas alturas difíceis da vida que se conhecem as pessoas - os amigos são aqueles que aparecem quando os outros desaparecem.
Esta tua doença deve ter-te trazido alguma mensagem sobre a enormidade de amigos que tens por toda a ilha.
O meu contributo foi modesto apenas apareci para saborear as (já habituais) famosas sopas do Salão (parabens às cozinheiras).
Observei e registei com apreço o grupo de voluntários na sua labuta e com um sorriso nos lábios. Já não há disto! Preservem a todo o custo esta tradição (única) de trabalho comunitário. Bem Hajam.
Ao fim e ao cabo, é o nome da freguesia e das suas instituições que estão em causa.
Um especial registo para a louvável (e corajosa) atitude da Junta de Freguesia.
Meu bom amigo, um forte desejo de rápido restabelecimento.
Deste Periquito podes sempre contar, pois embora mais distante não esqueçe.
Os amigos são como as estrelas. Nem sempre as vês, mas sabes que estão lá!
Uma sugestão ao dinâmico e persistente corpo raditorial de "O Agir":
- Para quando o jornal na internet?
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