No dia 14 de Novembro de 2006, chegou à Horta por volta das 19h00, este bote baleeiro de nome Senhora do Socorro, construído na freguesia das Ribeiras do Pico pelo construtor Sr. João Silveira Tavares.
É o culminar de um objectivo traçado no anterior mandato da Junta de Freguesia do Salão, e concretizado agora, após um longo trabalho, principalmente de algumas entidades oficiais, que permitiram esta enorme satisfação, ou seja termos connosco um bote baleeiro, que de agora em diante está ao dispor dos Saloenses para a prática de desportos náuticos, movido à vela.
É o culminar de um objectivo traçado no anterior mandato da Junta de Freguesia do Salão, e concretizado agora, após um longo trabalho, principalmente de algumas entidades oficiais, que permitiram esta enorme satisfação, ou seja termos connosco um bote baleeiro, que de agora em diante está ao dispor dos Saloenses para a prática de desportos náuticos, movido à vela.
Certamente que há, neste momento, entre as várias pessoas presentes inúmeras recordações, naturalmente fruto da envolvência que tiveram ao longo de muitos anos com as actividades baleeiras na Freguesia do Salão.
Recuando no tempo, vem à memória das pessoas mais idosas, José Silveira Rodrigues, dono da Companhia Baleeira Saloense, uma das primeiras Companhias Baleeiras dos Açores, que possuía dois botes baleeiros e uma lancha de boca aberta, com grande actividade no porto do Salão durante décadas, até finais de 1939, tendo sido vendida, sensivelmente dois anos mais tarde a uma Companhia do Cais do Pico.
Mesmo assim o Porto do Salão, continuou a ser movimentado pelos botes baleeiros, e as Casa de Apoio neste porto continuaram a albergar os baleeiros e os seus botes por muitos anos. Com José Silveira Rodrigues surgem outros nomes como António Rodrigues, José Escobar e Mestre Augusto, os quais nem o tempo foi capaz de os fazer esquecer.
Por outro lado, recordamos muitas outras pessoas que como oficiais marcaram a sua presença, ao longo de muitas décadas, tais como Henrique Mendonça, João da Rosa Serpa, Jaime da Rosa Serpa, Mário da Rosa Serpa, Daniel Manuel Luís, Carlos Barcelos e ainda José de Jesus vulgarmente conhecido como Senhor Rufino.
No conjunto dos arpoadores relembramos alguns nomes, como Manuel Escobar Jorge, José Borges da Silva, José Pedro, José Martin, José Celestino Jorge e José Simas Gomes.
Associados a este rol de oficiais, outras pessoas em terra, desempenhando o papel de informadores, chamados os vigias também merecem destaque e aqui surgem nomes, como Isaías Sebastião Goulart, Manuel Borges Silva, Luís Silveira Pereira, António Silveira Pereira, José Pereira, Manuel Ferreiro, José da Rosa Gomes, Manuel Escobar, Eduíno Escobar Jorge e José Borges Silva.
Porquê tanta gente a envolver-se, ao longo de muitos anos na faina da caça à Baleia?
Afirmam pessoas desta freguesia, que conheceram bem esta actividade que eram raras as casas que não tinham alguém a participar nesta faina, e se mais gente não integrava o grupo de baleeiros era porque não havia lugar.
Esta tendência explica-se porque embora sendo a freguesia do Salão voltada para a agricultura e pecuária, a caça à Baleia foi sempre uma actividade complementar, cujo rendimento muito contribuía para sustento das famílias e colmatava assim dificuldades económicas que muito se faziam sentir naquela época.
Pelo exposto melhor se compreende o que representa este bote para a nossa freguesia, e o porquê do entusiasmo com que os jovens, e não só, pretendem perpetuar a tradição, agora numa vertente cultural e recreativa.
A Freguesia do Salão tem um grupo de dezanove pessoas, de ambos os sexos, de entre eles três recém formados oficiais, todos eles entusiasmados e dedicados, com profundo sentido desportivo, marcando este grupo sempre presença nas regatas, e que agora tem uma forte motivação para cada vez mais intensificarem esta modalidade desportiva em representação na nossa Freguesia.
Aos Baleeiros do Salão que já partiram quero prestar-lhes homenagem em nome desta Freguesia, e aqueles que hoje desportivamente relembram tempos passados, votos de persistência, camaradagem e forte união para uma divulgação cada vez maior deste deporto aliciante.
Por fim quero agradecer à Direcção Regional da Cultura e Câmara Municipal da Horta o apoio financeiro prestado o qual muito contribui para a concretização de um projecto que há um ano e meio não ia além de um objectivo, não esquecendo o forte apoio do Clube Naval da Horta, à CALF, à firma Dutras e ainda a todas as pessoas e demais organizações que se empenharam nesta causa a favor da recuperação de algo que marcou gerações, que hoje assinala um momento histórico para a Freguesia do Salão, e que acima de tudo irá porporcinar a muitos jovens uma vida mais saudável.
A todos muito obrigado
O Presidente da Junta de Freguesia do Salão
O Presidente da Junta de Freguesia do Salão
Luís Alberto Gonçalves Rodrigues
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